O FONAJUNE participou da Conferência Livre de Juventude Preparatória para
a 15ª Conferência Nacional de Saúde: “A Juventude por mudanças na saúde do
Brasil, para cuidar bem das pessoas”, que foi realizada no dia 15 de julho de
2015 na Universidade Federal de São Carlos – SP. Os participantes tiveram o objetivo
de discutir os desafios que estão colocados para o Sistema Único de Saúde (SUS)
tendo também como proposta no que se refere ao atendimento as diferentes
juventudes do nosso País.
Esta conferência teve ainda como objetivo reunir as diferentes juventudes
do país, inclusive a Juventude Negra, juventude esta que enquanto FONAJUNE
esteve representada por Geovan Bantu (BA), Coordenador Nacional do FONAJUNE e
membro do Comitê Nacional da Saúde da População Negra, Marcos Sullivan,
Coordenador Nacional do FONAJUNE e membro do Fórum Estadual de Juventude Negra
de Alagoas, e Ítalo Freitas, membro do Fórum Baiano de Juventude Negra.
Na primeira parte da Conferência houve abertura com uma mesa formada por
jovens militantes que abordaram a importância da Conferência e a participação
de diversos setores da sociedade discutindo um tema no qual todos nós temos
direito: o SUS. Na parte da tarde foram realizados Grupos de Trabalho no qual
foram trabalhados pontos importantes que estariam dentro dos oito eixos da 15ª
Conferência Nacional da Saúde.
O FONAJUNE teve a oportunidade de trazer a discussão do SUS e seus
desafios no que se refere ao atendimento da População Negra, sabendo que o SUS
no que concerne à sua “criação” foi a maior conquista da População, fruto de
diversas lutas que teve como consequência a um Sistema Único de Saúde que tem
como um dos lemas de sua bandeira “Equidade”.
Também é preciso ressaltar que o SUS não está perfeito, mas está em
construção, ou seja, se aperfeiçoando, e isso é muito importante, pois, várias
doenças tem maior incidência na população negra, isso é o que dizem os dados,
as mulheres e homens negros independente da idade são os que morrem mais cedo.
Em relação ao atendimento do SUS referente à População Negra, pode-se
observar que são casos básicos que muitas mulheres negras, aquelas que
engravidam mais cedo que podemos ver uma alarmante falha no nosso Sistema de
Saúde, elas não recebem orientação adequada sobre o parto, tem pouquíssimas
chances de passar por consultas ginecológicas, alimentação saudável durante a
gravidez e estas situações mostram as dificuldades que temos ao acesso a saúde.
É preciso que haja políticas de ações afirmativas destinadas a população
negra! É preciso que os negros tenham uma participação nas instancias formais
de controle social de saúde. Precisa-se
enfrentar o racismo institucional em todos os setores da sociedade,
principalmente nas escolas, e os profissionais do SUS devem estar em constante
formação para que o SUS de fato seja igualitário, único e gratuito com
qualidade.
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