quinta-feira, 23 de julho de 2015

FONAJUNE participa de Conferência Livre de Juventude para 15ª Conferência Nacional de Saúde


O FONAJUNE participou da Conferência Livre de Juventude Preparatória para a 15ª Conferência Nacional de Saúde: “A Juventude por mudanças na saúde do Brasil, para cuidar bem das pessoas”, que foi realizada no dia 15 de julho de 2015 na Universidade Federal de São Carlos – SP. Os participantes tiveram o objetivo de discutir os desafios que estão colocados para o Sistema Único de Saúde (SUS) tendo também como proposta no que se refere ao atendimento as diferentes juventudes do nosso País.
Esta conferência teve ainda como objetivo reunir as diferentes juventudes do país, inclusive a Juventude Negra, juventude esta que enquanto FONAJUNE esteve representada por Geovan Bantu (BA), Coordenador Nacional do FONAJUNE e membro do Comitê Nacional da Saúde da População Negra, Marcos Sullivan, Coordenador Nacional do FONAJUNE e membro do Fórum Estadual de Juventude Negra de Alagoas, e Ítalo Freitas, membro do Fórum Baiano de Juventude Negra.
Na primeira parte da Conferência houve abertura com uma mesa formada por jovens militantes que abordaram a importância da Conferência e a participação de diversos setores da sociedade discutindo um tema no qual todos nós temos direito: o SUS. Na parte da tarde foram realizados Grupos de Trabalho no qual foram trabalhados pontos importantes que estariam dentro dos oito eixos da 15ª Conferência Nacional da Saúde.
O FONAJUNE teve a oportunidade de trazer a discussão do SUS e seus desafios no que se refere ao atendimento da População Negra, sabendo que o SUS no que concerne à sua “criação” foi a maior conquista da População, fruto de diversas lutas que teve como consequência a um Sistema Único de Saúde que tem como um dos lemas de sua bandeira “Equidade”.  Também é preciso ressaltar que o SUS não está perfeito, mas está em construção, ou seja, se aperfeiçoando, e isso é muito importante, pois, várias doenças tem maior incidência na população negra, isso é o que dizem os dados, as mulheres e homens negros independente da idade são os que morrem mais cedo.
Em relação ao atendimento do SUS referente à População Negra, pode-se observar que são casos básicos que muitas mulheres negras, aquelas que engravidam mais cedo que podemos ver uma alarmante falha no nosso Sistema de Saúde, elas não recebem orientação adequada sobre o parto, tem pouquíssimas chances de passar por consultas ginecológicas, alimentação saudável durante a gravidez e estas situações mostram as dificuldades que temos ao acesso a saúde.

É preciso que haja políticas de ações afirmativas destinadas a população negra! É preciso que os negros tenham uma participação nas instancias formais de controle social de saúde.  Precisa-se enfrentar o racismo institucional em todos os setores da sociedade, principalmente nas escolas, e os profissionais do SUS devem estar em constante formação para que o SUS de fato seja igualitário, único e gratuito com qualidade.