sexta-feira, 14 de novembro de 2014

RACISMO NA FMURP (Faculdade de Medicina da USP)


Foi neste sábado (9/11) através de uma denuncia informal realizada por mim no meu perfil social que mais um caso de racismo e machismo ganhou voz, neste envolvendo Mulheres Negras na USP de Ribeirão Preto.
Tudo começa em uma palestra de enfermagem nesta mesma universidade, aonde o tema central é "violência contra a mulher", foi compartilhado no dia com o Coletivo Negro da USP de Ribeirão Preto que tem participação no Fórum (Fórum Estadual de Juventude Negra SP) no qual estabelece o nosso vinculo militantes em prol da mesma causa - erradicar o racismo- . Este, que se trata, é um cancioneiro de hinos de autoria da Bateria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP RP) , aonde se vê a humanidade de nós negras violada ao extremo. Segue o trecho:
 


Esse cancioneiro esta sendo divulgado e vendido junto com o kit de matricula dos calouros da universidade, a mensagem abusiva, racista, machista e sobretudo criminosa esta sendo propagada, por futuros profissionais da saúde.
A ONU, neste ano, divulgou uma nota declarando racismo institucional no Brasil, documentando em tese o que de fato, negros e negras, já sabem por passar e sofrer por isso diariamente.
Só nesse mês, já tivemos dois casos de racismo institucional fora os que não ganharam visibilidade.
O primeiro foi a chacina no Pará - Belém, aonde mais de 40 jovens negros foram mortos em condição de eliminação, e a até então não se tem uma resposta sensata aos familiares e aos negrxs em geral; E agora este que ganha visibilidade, menciono racismo institucional pois o vinculo da universidade se da a uma longa existência dessa cartilha de hinos e a venda dela junto ao material de matrícula, a faculdade também responde por isso, afinal quem fiscaliza esse material ? O C.A ?  A Coordenação do Curso ?
Esses dois casos, fora outros que não ganharam e outros que não ganharão  visibilidade são provas de todo o discurso propagado por parte de movimentos, coletivos, ONG's que lutam a favor dessa causa.
Tivemos também, no começo deste mês o caso de Racismo na UFES (Universidade Federal de Espírito Santo) que já se posicionou com o afastamento do professor, mas ainda não se tem uma posição judicial sobre o professor em relação ao seu discurso racista sobre negrxs na faculdade e profissionais negrxs em geral.
Entendemos a importância de dar visibilidade ao caso, já que desde o início desse ano, a mídia informal tem sido a nossa melhor ferramenta para dialogar e agir sobre os fatos e principalmente a não-alteração deles.

Esta marcado para a data de amanhã (11/11/14 terça-feira) a  Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo que irá tratar de violações de Direitos Humanos na FMURP (Faculdade de Medicina da USP) às 14h abrindo assim uma investigação sobre o caso.

Elisângela Lima
Fórum de Juventude Negra de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário